Foto: Débora Agostini
ATUAÇÃO
Vinícius começou a fazer teatro no conservatório municipal de São João del-Rei, em Minas Gerais, há 32 anos. De lá para cá, ele nunca saiu desse universo, seja como ator ou como produtor.
Tem gosto particular por práticas teatrais que ofereçam aos atores e atrizes, uma preparação psicofísica do corpo no processo de criação de personagens.
Sua pesquisa se aprofundou quando seu olhar artístico foi despertado com grande interesse para o estudo e prática do lugar concentrado e relacional da presença do ator. Em conexão com esse caminho, ele conheceu as ferramentas do ator e pedagogo russo, Michael Chekhov, e verticalizou o estudo da sua técnica, com Hugo Moss e Thais Loureiro, na entidade Michael Chekhov Brasil, no Rio de Janeiro.
Começou a dar aulas utilizando a técnica de Chekhov, nessas cidades, e através das práticas foi encontrando um caminho autoral em conduzir os artistas a comporem personas e/ou personagens a partir do conhecimento de si, do que acontece no corpo quando se experimenta determinado exercício. O reconhecimento disso, segundo Vinícius, traz à tona um material muito rico e palpável para o artista trabalhar.




Fotos: Débora Agostini
Foi então criando um caminho no qual entrelaçou suas experiências como ator e condutor com técnicas de autoconhecimento para instrumentalizar a presença como forma de criar conexão entre o interior e o exterior.
Assim nasceu a oficina Coragem (2017), um campo de exploração em grupo, no qual ele conduz artistas que desejam reconhecer sua individualidade criativa, exercitá-la, e a partir dela se expressar espontaneamente.
Em 2022, Vinícius se tornou mestre em Teatro e a metodologia Coragem foi defendida como dissertação. Hoje, ela a aplica em aulas de teatro, oficinas, preparação de elenco e módulos para empresas.
Em 2013 fundou com outros artistas de Juiz de Fora o grupo de pesquisa teatral Corpo Coletivo, que tem hoje nove espetáculos no seu repertório e teve durante seis anos sua sede de criação, OAndarDeBaixo, que se tornou um local de grande importância na fruição artística na cidade, produzindo apresentações de diversas linguagens, como espetáculos teatrais, dança, exposições, concertos musicais e eventos culturais.
Atuou na minissérie Natália, com direção de André Pellenz e co-produção entre Universal Channel e TV Brasil, no filme O Predestinado, longa de Gustavo Fernandes, além dos curtas: O Desmonte, de Marina Polidoro; Amélia em Transe, de B.N.L e Carolina Rodrigues, Móbile-Haikai, de Lilian Werneck, Ele ou Ela, de Otavio Neves e Samuel Gianasi e Três Moscas Mortas, de Carolina Rodrigues.